quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Portal dos sonhos
A dor de cabeça passou por alguns instantes, e então ele decidiu que era hora de acordar. As pernas ainda estavam trêmulas, mas caminhou até o jardim, onde havia a tal porta ancestral. A porta que o levará até ela. Como de costume, resolveu deixar uma rosa branca no rodapé.
Ao entrar pela porta, sentiu o calor imenso que queimava sua carne. Conseguiu até mesmo sentir o cheiro sulfuroso que formava uma névoa densa diante dos seus olhos. Quando julgou que estava morto, sentiu então o frescor de uma brisa leve que soprava segredos em seus ouvidos, ao passo que espalhava seus cabelos. Uma horrível e repentina dor de cabeça o afetava.
E então ela surgiu, com uma aparência degradada pelos avançados anos de idade, e sentou-se à sua frente. Ela então ordenou, com sua voz gutural:
- Revele seu desejo!
Tomado por receio e terror, ele simplesmente respondeu:
- Desejo acordar!
Ela então retrucou:
- Mas acordado você me buscava, desejando realizar seus sonhos. Você veio até mim. Você me buscou e me encontrou!
Ele, ainda receoso, reforçou seu desejo:
- Há muito vivo em sonhos... Quero apenas acordar!
Com um leve sorriso de sarcasmo em seus lábios, ela então acenou positivamente com a cabeça.
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A dor de cabeça passou por alguns instantes, e então ele decidiu que era hora de acordar. As pernas ainda estavam trêmulas, mas caminhou até o jardim, onde havia a tal porta ancestral. A porta que o levará até ela. Como de costume, resolveu deixar uma rosa branca no rodapé.