Sete talhos sobre a lâmina
Sete selos nos escudos
Que a glória dos sete senhores
Se espalhe aos quatro cantos
E os olhos da torre cinza
Que nunca dormem e nem se cobrem
Vislumbrarão com orgulho
Os belos palácios dos homens
Aqueles que cedo despertaram
E o sono eterno dormem
A sombra crescente que ameaça
Com sua violência insana
Não atrasará o retorno
Do cavalheiro que a coroa reclama
Nem mesmo nas terras frias
Ou no vau de penumbra
Tudo será conquistado
Das campinas até as tundras
Os antigos que não sentem o tempo
Estes escreverão tua história
Na grande batalha da alvorada
Onde a condenação dos homens habita
Mesmo com sangue derramado
Não há nenhum sinal de derrota
A coroa que antes ameaçava
Com terror e ódio crescente
É agora copa fundida em ferro
Tomada de ferrugem decadente
Quando tudo terminar
Verei o mar à minha frente
Imensidão de vidro prateado