segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alvorada

Sete talhos sobre a lâmina
Sete selos nos escudos
Que a glória dos sete senhores
Se espalhe aos quatro cantos

E os olhos da torre cinza
Que nunca dormem e nem se cobrem
Vislumbrarão com orgulho
Os belos palácios dos homens

Aqueles que cedo despertaram
E o sono eterno dormem

A sombra crescente que ameaça
Com sua violência insana
Não atrasará o retorno
Do cavalheiro que a coroa reclama

Nem mesmo nas terras frias
Ou no vau de penumbra
Tudo será conquistado
Das campinas até as tundras

Os antigos que não sentem o tempo
Estes escreverão tua história

Na grande batalha da alvorada
Onde a condenação dos homens habita
Mesmo com sangue derramado
Não há nenhum sinal de derrota

A coroa que antes ameaçava
Com terror e ódio crescente
É agora copa fundida em ferro
Tomada de ferrugem decadente

Quando tudo terminar
Verei o mar à minha frente

Imensidão de vidro prateado