Havia tempo quando falava-se em derretimento das calotas polares, ou quando o assunto era o buraco na camada de ozônio. Nesta época havia tempo. E era pouco.
Havia tempo quando a mata atlântica era desmatada, quando árvores multicentenárias viravam carvão, quando a biodiversidade caminhava para o processo de extinção e a poluição envenenava nossos pulmões.
Quando as crianças morriam de fome e sede, e ditadores insanos ameaçavam a paz com suas fomentações de guerras e destruição, havia ainda algum tempo.
Há agora uma surpresa hipócrita diante das catástrofes globais. Um sentimento tosco de tristeza diante da realidade que se exibe faz séculos diante dos nossos olhos cegos de ganância e egocentrismo. Não há culpados quando todos estão errados.
O mundo está prestes a regurgitar em todos nós o veneno e a destruição que causamos desde as mais remotas eras. Não há mais rumores obscuros de perdição e fim do mundo. Há agora uma clara imagem distorcida pela dor, que mostra-se diante de nós como um fino manto translúcido.
O planeta vai mal. E a culpa é sua.
Não assista as imagens das catástrofes exibidas em sua televisão com sentimento de pena do seu semelhante. Assista a retribuição da natureza com sentimento de culpa, pois como eu escrevo, a culpa é sua.
O que você faz para melhorar a saúde do planeta? O que faz para o bem da humanidade?
O tempo acabou. Faça tudo o que puder agora, pois amanhã já será tarde.
Published with Blogger-droid v1.6.5